O dia do exame.
É chegado o dia do exame, a tensão e o nervosismo tomam conta de todos os músculos do corpo. Não há nervos de aço que suportem tal pressão. “Será que desta vez vai? Espero não estar tão nervoso como da última vez!”. As lembranças de sua última tentativa só fazem aumentar a pressão. Mas basta ter confiança. “Eu vou conseguir, estou concentrado, não tem como dar errado.” É chegada à hora, a sequencia já sabe de cór; posicionar bem o carro e estacionar dentro da vaga, depois arrancar tranquilamente e fazer o caminho com segurança.
Ele entra, posiciona o carro, não como desejara, mas tudo bem o que vale é o “estacionar perfeito”. Gira o volante aqui, olha no retrovisor ali, “Não posso me esquecer de dar seta”. “Nossa! Será que está perto?”. O passageiro sentado ao seu lado apenas olha apreensivo, parecendo analisar cada movimento. “Pronto agora uma leve puxadinha para frente e pronto.” Ele para o carro angustiado. “Ele abriu a porta, será que ficou perto de mais?”. Está bom, diz o passageiro sem muita emoção no olhar. Alívio! Porém ainda não é hora de festejar, ainda falta passar pela rua.
“Muito bem, agora basta arrancar suavemente, e dirigir da maneira que vinha treinando. Vamos lá!”. Liga o carro, faz os procedimentos iniciais corretamente, arranca o carro e logo em sequencia uma curva para a esquerda, tudo bem até aqui. “Olha! Um pedestre atravessando, vou dar preferência.”... ”Nossa! quantas pessoas, de onde saiu tanta gente?”. O caminho fica livre então ele segue, e pouco à frente outra curva para a esquerda e em seguida uma parada obrigatória. “Tenho que ter cuidado nestas curvas apertadas, não posso encostar em nada, nem em ninguém.”. Tudo certo, após a parada obrigatória, a ordem é para que estacione e finalize.
Finaliza o carro, executa os demais procedimentos, e aguarda ansiosamente o resultado. Seu avaliador o olha sem muita expressão no rosto e diz: “Muito bem filho! Está de parabéns, conseguiu estacionar e manobrar o carro no estacionamento do maior supermercado da cidade, muito bem a partir de hoje te empresto meu carro.”. Ele o olha com os olhos cheios d’água “Obrigado pai!”.
Texto publicado 27/02/2015 no jornal local - Jornal Serranense
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