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quinta-feira, 26 de março de 2015

CÁ ENTRE NÓS #4 E PARA O DIA DELAS...


E para o dia delas...


Ah... As mulheres! O que seria do universo sem elas? Talvez fosse um mundo sem barracos, fofocas e saltos-altos, ou talvez nem houvesse universo sem a sua existência. Cada uma com seu brilho, seu jeito especial de dar o toque que faltava em tudo. Com certeza sem elas o mundo não seria mundo, seria um lugar muito vazio e inabitável, sem cor e sem graça. Sua criação foi “a cereja do bolo”. Simples, porém essencial e indispensável.
Fiquei por horas procurando por algo que se comparasse a tal grandiosidade. Algo que pudesse exemplificar toda sua beleza, algo que fosse simples, mas ao mesmo tempo totalmente notável, que fosse cintilante, mas tão imprevisível e incompreensível. Pois como elas mesmas costumam dizer em seus momentos de crises, que nem elas mesmas se entendem, quem dirá nós, meros homens mortais. Cheguei à conclusão que não há com que as comparar, são cada uma, em suas particularidades únicas, como as estrelas do céu, brilhantes e luminosas, para deixarem o céu e nossos dias mais bonitos.
Ser mulher não é uma tarefa fácil, há muito deixaram de ser o chamado “sexo frágil”, a começar pelo fato de dar a luz a um filho; apesar de ser um ato lindo de puro amor, luz e vida. Pare e pergunte a qualquer homem se suportaria tal evento, provavelmente a resposta há de ser 99% não. São fortes quando precisam ser fortes, sentimentais quando é preciso, e amigas quando não há recalque envolvido entre as partes.

Superando muitas das vezes uma dupla jornada de trabalho fora de casa, trabalhos domésticos e balizas; são mais do que merecedoras deste dia a elas dedicado. Parabéns mulheres não só pelo dia em sua homenagem, mas por simplesmente ser o que são; vencedoras, batalhadoras, e acima de tudo mulheres.

Texto publicado 06/03/2015 no jornal local - Jornal Serranense
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CÁ ENTRE NÓS #3 O DIA DO EXAME



O dia do exame.


É chegado o dia do exame, a tensão e o nervosismo tomam conta de todos os músculos do corpo. Não há nervos de aço que suportem tal pressão. “Será que desta vez vai? Espero não estar tão nervoso como da última vez!”. As lembranças de sua última tentativa só fazem aumentar a pressão. Mas basta ter confiança. “Eu vou conseguir, estou concentrado, não tem como dar errado.” É chegada à hora, a sequencia já sabe de cór; posicionar bem o carro e estacionar dentro da vaga, depois arrancar tranquilamente e fazer o caminho com segurança.
Ele entra, posiciona o carro, não como desejara, mas tudo bem o que vale é o “estacionar perfeito”. Gira o volante aqui, olha no retrovisor ali, “Não posso me esquecer de dar seta”. “Nossa! Será que está perto?”. O passageiro sentado ao seu lado apenas olha apreensivo, parecendo analisar cada movimento. “Pronto agora uma leve puxadinha para frente e pronto.” Ele para o carro angustiado. “Ele abriu a porta, será que ficou perto de mais?”. Está bom, diz o passageiro sem muita emoção no olhar. Alívio! Porém ainda não é hora de festejar, ainda falta passar pela rua.
“Muito bem, agora basta arrancar suavemente, e dirigir da maneira que vinha treinando. Vamos lá!”.  Liga o carro, faz os procedimentos iniciais corretamente, arranca o carro e logo em sequencia uma curva para a esquerda, tudo bem até aqui. “Olha! Um pedestre atravessando, vou dar preferência.”... ”Nossa! quantas pessoas, de onde saiu tanta gente?”. O caminho fica livre então ele segue, e pouco à frente outra curva para a esquerda e em seguida uma parada obrigatória. “Tenho que ter cuidado nestas curvas apertadas, não posso encostar em nada, nem em ninguém.”. Tudo certo, após a parada obrigatória, a ordem é para que estacione e finalize.

Finaliza o carro, executa os demais procedimentos, e aguarda ansiosamente o resultado. Seu avaliador o olha sem muita expressão no rosto e diz: “Muito bem filho! Está de parabéns, conseguiu estacionar e manobrar o carro no estacionamento do maior supermercado da cidade, muito bem a partir de hoje te empresto meu carro.”. Ele o olha com os olhos cheios d’água “Obrigado pai!”.


Texto publicado 27/02/2015 no jornal local - Jornal Serranense
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terça-feira, 24 de março de 2015

CÁ ENTRE NÓS #2 É CARNAVAL


É Carnaval!


Espremido e sendo empurrado a todo o momento, ele tenta se mover em direção à liberdade, ao ar puro longe da aglomeração de pessoas, e não esta muito longe, pouco mais de oito metros e estará livre, porém o empurra-empurra não o deixa mover-se. “_A se eu pudesse voar” ele pensa, porém tal ato seria impossível para sua condição humana, era melhor nem ter ido, todos sabem bem como são estas festas. “_Como seria melhor estar em casa vendo tudo pela TV”, mas agora é tarde, deveria ter tomado essa decisão antes, agora deverá pisar por todo o chão sujo, e sabe-se lá de que, todo suor no corpo das pessoas, toda bebida e o odor insuportável. Dizem que é um momento de alegria, quatro dias de pura festa e diversão. Não para todos. Divertido seria não estar ali.
Só mais alguns passos e, um passo dentro de uma poça de água. “_Oh meu Deus! Meu tênis novo.” Já era! Mais uma boa lembrança desta maravilhosa festa. Lembrança que não serão fáceis de esquecer, coisas que viu e desejou não enxergar naquele momento, sem contar os “pisões” no pé que deixaram marcas por um bom tempo.  “_Como as pessoas podem gostar e querer estar aqui?”. É como dizem, existe gosto para tudo.
Empurra um aqui, outro ali e está a quatro passos da liberdade desejada. “_Estas pessoas poderiam facilitar para mim, Só quero sair!”. Nuca foi tão longe atravessar uma rua, deveria ter uma área no meio das pessoas para quem quiser transitar fora do aperto. Pronto, mais um passo e estará livre. “_Ufa! Que alívio!”. Corre desesperadamente em direção ao poste de luz. “_Agora sim, doce liberdade! Não aguentava mais um segundo sequer este aperto.” Pronto, após tirar a água do joelho, ele volta para a o “bolo de pessoas” e começa tudo de novo. Afinal de contas, é Carnaval!


Texto publicado 20/02/2015 no jornal local - Jornal Serranense
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CÁ ENTRE NÓS! #03 VOLTAR ÀS AULAS É...



VOLTAR ÀS AULAS É...

Há controversas quando se diz respeito ao dia de volta às aulas. Dia em que começa um novo caminhar na vida do aluno pela escada do saber, com um ou outro “tropicão” aqui e ali, e às vezes uma parada para descansar em algum degrau mais cômodo. Há aquele aluno que adora do primeiro até o último dia de aula, como há também o aluno que odeia do primeiro ao último dia de aula, e que provavelmente, odeie menos o último do que o primeiro, ou talvez não, pois no último dia descobre que está de recuperação em todas as matérias possíveis, e terá que voltar a escola muito antes que os outros.
Voltar às aulas é sempre uma grande expectativa, tanto para o que há de vir por ai, quanto para que dia as aulas vão terminar. Particularmente gostava do primeiro dia de aula e só, pois nele descobria as novidades dos outros alunos e isso me bastava para o restinho do ano. Conhecer os novos professores volta e meia era um tanto frustrante, por na maioria das vezes serem os mesmo do ano que passou, é como uma “figurinha” repetida que todos têm, não da nem pra trocar. Pior que isto era chegar à sala e ver aquele aluno que “seu santo” de maneira nenhuma “bate com o santo dele”, onde sempre que se encontram rola uma troca de olhares radioativos, com algumas explosões imaginárias.
Para a maioria das crianças, a melhor parte da volta às aulas são as novidades que todos têm, estão todos transbordando ansiedade para contar para quais cidades foram, há quem visitaram e tudo mais. Eu particularmente não falava muito, meus parentes sempre foram de Nova Serrana. Não sei se isso era bom ou ruim.
Enfim é como diz o velho ditado que todos os alunos sabem de cor, que diz: “Ir a escola é bom, estudar que é ruim!”. Aliás, quando começam as férias?


Texto publicado 27/02/2015 no jornal local - Jornal Serranense
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